sábado, 28 de maio de 2011

CAPA DA EDIÇÃO DE JUNHO



RESUMO DA EDIÇÃO DE JUNHO

JORNAL FOLCLORE

Praceta Pedro Escuro, 5 – 2.º Dt.º - 2000-183 Santarém
Apartado 518 2000–906 SANTARÉM

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N.º 184 (JUNHO)

TÍTULOS DA EDIÇÃO


EDITORIAL

O FOLCLORE E O TURISMO

No Congresso Nacional de Folclore que decorreu em Dezembro do ano passado em Aveiro, ouvimos o vice-presidente da Entidade de Turismo do Centro dizer que “os turistas sempre procuram a nossa identidade na cultura e nas tradições”, reconhecendo a “importância do folclore como factor de venda do turismo no País e no Estrangeiro”, enquanto, na mesma ocasião, o Governador Civil do Distrito de Aveiro, José Mota, afirmava que o “folclore é não só uma vertente de animação do nosso turismo, como uma fonte de informação cultural; os rostos dos turistas alegram-se quando lhes oferecemos o nosso folclore”.
Não sendo uma questão de “puxar a brasa à nossa sardinha”, provado está que o folclore não só é um vector de animação, a que quase sempre se associa a alegria da música e uma colorida imagem das coreografias, como ainda pelo despertar da cultura portuguesa, diversificada a cada passo no rectângulo do País. Há portanto, na apresentação do folclore, uma importante mostra cultural, que tanto interessa ao turista.
O exemplo anunciado pelo responsável do Turismo do Norte podia ser seguido pelos demais núcleos de turismo – do Centro e do Sul. E todos ganhavam, a começar pela satisfação daqueles que nos visitam. Também pela festa que o folclore oferece.
Como não há bela sem senão, deixamos um alerta: as mostras do nosso folclore devem ser sensatas e cautelosas, para não estarmos e vender gato por lebre. Isto é, não devemos oferecer um produto estragado. Os “postais” terão de oferecer uma boa imagem, sem estereótipos, mas com o rigor da retratação tradicional. Há muitos e bons projectos entre o movimento folclórico nacional capazes de um bom desempenho, e integrar as eventuais campanhas de animação turística. Se a sensibilidade das Entidades de Turismo não for apurada nesta área de modo a garantir uma selecção apurada das formações participantes, então que peçam a ajuda de quem entende da matéria.
O director

NOTA EDITORIAL

O PUDOR NO FOLCLORE... OU A FALTA DELE

Num acto de completo descaro, tornou-se costumeiro ver-se nas actuações de alguns grupos cenas de completo erotismo, oferecidas por bailadoras de um imaginado folclore, em perfeita contradição com a candura das mulheres de outros tempos. A ousadia passa pela atrevida exibição do corpo em roupas íntimas, nalguns casos de reduzidas dimensões. Alguma libertinagem da classe feminina de hoje não pode ser levada para os espaços onde supostamente devem ser reproduzidos factos e actos folclóricos, isto é, hábitos populares de um passado distante, num tempo em que o recato da condição feminina era ponto da honra da mulher. Este é um imperativo a que se obriga um verdadeiro grupo de folclore, cumpridor de um real projecto de retratação tradicional.
Se se afirma, de boca cheia, estar-se a representar momentos lúdicos do povo de há um século, como se atrevem alguns mentores e agentes da representação falsear a verdade? Convenhamos que as eróticas posturas que hoje se evidenciam nos palcos das exibições folclóricas, nada terão a ver com os princípios sociais da camada popular a que devem reportar-se as reproduções do folclore. E não chega vestir os celebérrimos colants para disfarçar algum rodopio mais atrevido e indesejado, escondendo intimidades físicas. O jeito e trejeito de levantar as saias tornou-se hábito e uma rotina quase obrigatória de muitos grupos de espectáculo - pretensamente folclóricos - da nossa praça.
Voltando atrás no tempo, e tendo em conta os modos sociais da época, adivinha-se quanto penalizaria socialmente uma moçoila da aldeia, ousar levantar a saia só que fosse à altura do joelho, mesmo que tal tivesse acontecido por descuido.
Bom senso precisa-se, para que as gerações vindouras, porventura mais pendidas para a investigação e o estudo das raízes culturais e tradicionais de ontem, não nos julguem por os termos enganado com pantominas irreais, falsas e ilusórias.
O director

DESTAQUES


EXPOSIÇÃO NACIONAL DO TRAJE AO VIVO. PORTO DE MÓS FOI MONTRA VIVA DE TRAJES REGIONAIS DO PAÍS
Por: Manuel João Barbosa

Mais de meio milhar de trajes tradicionais estiveram expostos ao vivo na cidade de Porto de Mós, envergados por outros tantos figurantes, protagonistas do admirável e deslumbrante espectáculo. Elementos activos de 80 grupos folclóricos, ofereceram uma mostra rica e variada da etnografia de boa parte do espaço nacional. Vestes de gosto e confecção aprimorada, ou mais simples e singelas, o desfile traduziu-se numa montra vastíssima da forma popular de vestir há um século atrás.

A Federação do Folclore Português, com a colaboração dos Grupos de Folclore do concelho de Porto de Mós, nomeadamente os Ranchos Folclóricos das Pedreiras, de Arrimal, de Cabeça Veada e de Mira de Aire, organizou com desvelo a Exposição Nacional do Traje, uma sua iniciativa que vem de há dezasseis anos, recebida este ano pela cidade de Porto de Mós.
(Desenvolvimento da edição impressa)

NOTÍCIAS

- Santarém: Feira Nacional de Agricultura mostra o folclore nacional
- Ministra da Cultura desfila trajada de mordoma nas Festas d’ Agonia, em Viana do Castelo
- Águeda: Beltane em Belazaima
- “FOLCLORE À RASCA”. Afinal há muito dinheiro nas Câmaras Municipais!
- Festival do Rancho Tá-Mar animou a Páscoa na Nazaré
- Rancho de Salvaterra de Magos assinalou aniversário com Festival
- Folclore leva a festa à Fonte da Senhora (Alcochete)
- Rancho Regional de Ílhavo realizou Festival da Primavera
- Grupo de Castelo do Neiva comemorou o 36.º aniversário
- Festival ‘Cidade de Lisboa’ no parque do eucaliptal de Benfica
- Tarde rica de Folclore em Arrimal, Porto de Mós
- Os Serranos na Galiza
- Festival Infantil do Cartaxo animou Festa do Vinho
- Folclore famalicense em Mirandela
- Torricado reuniu à mesa duas centenas de convivas em Glória do Ribatejo
- Rancho Folclórico da Correlhã recebeu Medalha de Mérito Cultural
- Feira Rural em Paranhos à moda antiga
- Encontro de Instrumentos Tradicionais e conversas sobre Folclore no Sardoal
- Viseu: Rancho Folclórico de Calde passou a membro efectivo de Federação
- Grupo Folclórico de Faro vai festejar 81anos
- Rancho do Vale de Santarém em almoço comemorativo do 55.º aniversário
- O Vira assinalou o Dia Mundial da Dança em Viana do Castelo
- Rancho de Torredeita promoveu Encontro Luso-Francês
- Danças do Mundo – Festival Internacional das Terras da Feira decorre entre 20 e 31 de Julho
- Viana do Castelo: mostra Etnográfica do Eixo Atlântico de 17 a 19 de Junho
- Rancho da Casa do Povo de Angeja actuou em Montataire (França)
- Cultura ibérica assinala aniversário do Grupo de Folclore da Casa de Portugal em Andorra
- O Folk Cantanhede fez a sua apresentação pública
- LINGUAJAR POPULAR - Falares secretos do mindrico
- Vencedores do Concurso de Etnografia mostraram-se no Teatro da Trindade

SECÇÕES:

- FESTIVAIS – Os Festivais com realização no mês de JUNHO
- TRADIÇÃO / INOVAÇÃO – Trajo ou trajar?, pelo Eng.º Manuel Farias - PORQUE NÃO TE CALAS?


A S S I N E

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terça-feira, 3 de maio de 2011

CAPA DA EDIÇÃO DE MAIO



RESUMO DA EDIÇÃO DE MAIO

JORNAL FOLCLORE

Praceta Pedro Escuro, 5 – 2.º Dt.º - 2000-183 Santarém
Apartado 518 2000–906 SANTARÉM

E-mail: jornalfolclore@gmail.com
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RESUMO DA EDIÇÃO


EDITORIAL
Folclore na televisão. Assim não!


As televisões generalistas porventura se preparam já para no Verão que aí vem se passearem pelo País profundo – ou não – emitindo programas de entretenimento de variadas regiões, dentro naturalmente de acordos financeiros com as respectivas autarquias. É a lógica da economia de uns e o dispêndio de outros, os que choram baba e ranho por não lhes entrar cofres adentro o dinheiro que querem.
Não raro é chamado às emissões o folclore regional. Mau grado – salve-se algumas excepções – na maioria das vezes o folclore está arredado do desempenho das formações convidadas, desfasadas que estão de uma efectiva retratação dos aspectos tradicionais da região de inserção, na ausência de um trabalho de recolha. E para o ar – como nos palcos das mostras públicas – vai todo um chorrilho de asneiras, que envergonham o mais cândido folclorista. As bocas enchem-se de folclore! Dos apresentadores e dos dirigentes e bailadores dos grupos. Mas esse, o folclore, não está lá; estará a léguas.
A responsabilidade pelas caricatas prestações é inteirinha das autarquias que patrocinam a viagem dos predadores para as suas participações nas emissões televisas, pois que compete aos autarcas indicarem os protagonistas locais da animação dos programas, a pedido da produção. Lamentável é quando os próprios eleitos são desconhecedores de um acertado trabalho de representação cultural, que nalguns casos não existe em boa parte dos seus embaixadores culturais. Todos são representativos do folclore desde que se auto-denominem de folclóricos. E a sensação agradável no espectador por uns bons momentos musicais e de boa representação não acontece. Antes, pelo contrário, fica o desagrado e uma consequente má imagem concelhia. Mais valeria nada.
Desejamos que o bom senso dos produtores “televisivos” – e dos autarcas – permaneça no Verão que aí vem.
O director


NOTA EDITORIAL


Relembrar costumes
Anuncia-se entre o movimento folclórico nacional a realização de actividades etnográficas que levam à relembrança de tradições e costumes do passado. Os promotores são naturalmente grupos de folclore, que assim acrescentam à sua regular actividade outras vertentes da cultura popular tradicional. Chamam-lhe ‘serões de tradições’ ou ‘encontros tradicionais’, como ainda outras designações que se ajustam ao desempenho do diferente espectáculo de folclore - a retratação dos factos tradicionais. Parece-nos que o modelo está a pegar e a fazer moda nos novos tempos entre a actividade folclórica. Existe vontade de valorizar o trabalho, até então exclusivamente desenvolvido à volta das danças e das cantigas. Estão muito batidas a teclas que escrevem ‘folclore não é apenas dançar e cantar’, sabido que ainda permanecem nas memórias vivas outras vertentes da cultura popular tão ou mais importantes que o folclore bailado e cantado, e que têm sido esquecidas no trabalho dos grupos folclóricos. É a outra parte do folclore que tem sido desvalorizada e mesmo olvidada.
Porventura os grupos estarão a despertar para uma premente necessidade de enveredarem por outras formas de representação do folclore, banindo uma lacuna que há muito se fazia sentir entre o movimento folclórico. São vários os grupos que há muito tornaram efectiva a organização anual de um ‘serão de tradições’. O resultado sempre se pauta pelo êxito, pela inovação do espectáculo folclórico. Naturalmente também porque muitas das recriações fazem com que as camadas mais antigas do público que assiste, revivam costumes e hábitos dos seus tempos de meninos e moços. E as gerações recentes convivam com as suas raízes.
Contudo, o desempenho da recriação das vivências de outros tempos deve ser rodeado por uma conveniente e judiciosa preparação dos “actores” – o conjunto de figurantes que fazem a representação. Como ainda de uma acertada montagem cénica – a estrutura dos cantos e recantos que foram sítios rotineiros dos costumes em representação. No seu conjunto, tudo ajudará a um êxito garantido da nova mostra de folclore. Há muitos e bons exemplos disso, com as vozes de quem assiste a pedir a sequência da iniciativa. O folclore sai valorizado pela complementaridade da sua representação, e os grupos promotores e participantes ganharão pela inovação do espectáculo folclórico.
Se porventura o incentivo deixado por alguns apontamentos de reportagem que temos feito publicar nestas páginas provocou o interesse para novos projectos, isso nos deixará naturalmente satisfeitos, reforçando a promessa de continuarmos a estar onde esses acontecimentos ocorrerem, trazendo-os ao conhecimento geral. E se, por uma questão de agenda, a caneta do repórter do Jornal não puder “talhar” o modelo do espectáculo, que seja a informação dos promotores a permitir a elaboração da peça jornalística.
O director

DESTAQUES
FOLCLORE "À RASCA". Grupos de folclore estão como peixe na água sem oxigénio
Por: Manuel João Barbosa

Como os jovens da actual “geração à rasca”, também o movimento associativo folclórico foi tocado pelas restrições financeiras impostas por uma crise sem limites, e que afecta tudo e todos. Os apoios escasseiam cada vez mais e nalguns casos foram mesmo suprimidos. Significa isso, que os grupos folclóricos se encontram sem condições para desenvolverem a sua actividade na falta de serviços prestados remunerados e sem oportunidades para desenvolverem iniciativas produtoras de proventos. Estão, também, numa situação de “à rasca”.

Começou por uma restrição na cedência de transportes. Depois tocou aos subsídios, de manutenção associativa e cultural, de aquisição de bens, como a construção de sedes, compra de viaturas de serviço e ajuda à aquisição de trajes. Os grupos folclóricos não fogem à regra e encontram-se assim também na situação de “à rasca”.


Arcozelo: Feira Rural Portuguesa
Por: Manuel João Barbosa

Foram muitos os feirantes que assentaram a sua venda na Feira Rural, que decorreu como habitualmente no Largo da vila-sede da Federação do Folclore Português: Arcozelo. Representadas variadas regiões do País, de Trás-os-Montes às Beiras, como do Minho e do Douro. Os produtos diversificaram naturalmente consoante a zona de procedência. Dão fumeiro ao artesanato, passando pela gastronomia tradicional, a oferta era farta.

A Feira Rural Portuguesa em Arcozelo faz já parte do roteiro social da região, como do turismo. Por isso, foi uma vez mais grande a afluência de público ao recinto, naturalmente curioso da recriação de costumes e hábitos de outros tempos, mas também seduzido pela variada oferta de produtos da terra ou da confecção popular, que ostentavam a marca tradicional de diversificadas regiões do País. A festa foi protagonizada pela animação de vários grupos folclóricos, tocadores de concertina, violas e cavaquinhos, como de virtuosos cantadores ao desafio.

NOTÍCIAS
- ‘Em Festa’: o folclore na televisão
- Grupos folclóricos com estatuto de Entidade de Utilidade Pública. Entidade Colectiva de Utilidade Pública. O que é?
- Instrumentos musicais populares celebram o vinho em Alcanhões
- Associação Etnográfica Os Serranos em Assembleia Geral
- Gala da Concertina em S. Mamede de Infesta
- Arraial Popular assinalou o 32.º aniversário do Rancho de Benfica do Ribatejo
- Grupo Vila de Pereira assinalou aniversário com festa da queijada de Pereira
- Rancho Etnográfico da Cela Velha promoveu homenagem a Humberto Delgado
- Palestra em Tomar pretendia esclarecer e formar, mas... Jovens folcloristas da Região dos Templários alhearam-se de aula sobre etnografia
- “O Rancho do Coração”
- Festival Internacional de Almeirim em acção de lançamento da edição de 2012
- Alunos de Escola de Montalegre venceram concurso internacional em Itália a tocar concertina
- Associação de Tocadores de Concertina de Ponte de Lima realizou Feirão anual
- Costumes de outros tempos convidaram a um regresso ao passado em Coruche. ‘Tradições de um Povo’. Recordar é viver!
- Rancho de Aveiras de Cima festejou aniversário com recriações etnográficas
- Mostra do Folclore concelhio de Alcobaça em Louções
- Encontro de Cantares Quaresmais em Idanha-a-Nova
- Mais ‘Recadinhos à Botica’

SECÇÕES:


- FESTIVAIS – Os Festivais com realização no mês de Maio
- TRADIÇÃO / INOVAÇÃO – Régua e esquadro, pelo Eng.º Manuel Farias

- PORQUE NÃO TE CALAS?


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