sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

CAPA DA EDIÇÃO DE JANEIRO


JORNAL FOLCLORE
Praceta Pedro Escuro, 5 – 2.º Dt.º - 2000-183 Santarém
Apartado 518 2000–906 SANTARÉM – E-mail: jornalfolclore@gmail.com
Telefone e Fax: 243 599 429 – TM 919126732
RESUMO DA EDIÇÃO 179 (JANEIRO 2011)
EDITORIAL
PARECE MAS NÃO É
Saberão alguns grupos que, mudando de farpela e cantarolando de forma algo despropositada cânticos Natalícios estarão desviados de uma efectiva representação etnográfica? Falamos dos trechos anunciados como populares / tradicionais e que mais não são do que temas de composição conhecida. A atender àquilo que se ouve no desempenho de alguns grupos, ficam sérias dúvidas sobre o rigor da representação. Com efeito, em muitos casos as cantilenas ditas de Natal, que se queriam da inventiva popular de tempos idos, mais não são que actuais composições poéticas (?), que se ajuntam a melodias religiosas contemporâneas, rebuscadas nas práticas sacerdotais de hoje.
A completa ausência de uma pesquisa, judiciosa e sensata, das cantigas populares que aludem ao Natal, ao nascimento de Jesus e às três divindades, é o mal de todos os males na reprodução d e alguns cânticos que se ouvem na quadra Natalícia interpretados por grupos folclóricos, porque não são trechos da nossa etnografia, ou seja, são temas de conhecida criação e de um tempo actual.
Aquelas loas e cantares da religiosidade popular, criadas e participadas de forma anónima e colectiva entre as diversas comunidades, estarão arredadas do trabalho de alguns grupos por falta de um trabalho de recolha de temas da criação popular. Não cabem neste espaço os registos de desacertos de cantares Natalícios nascidos no seio do movimento folclórico pelo motivo que referimos. São cantigas de má construção (e de mau gosto), a que se junta uma melodia rebuscada nos cânticos religiosos actuais. No conjunto não há facto tradicional com valor etnográfico. Logo a versão criada estará desajustada numa empenhada representação folclórica. Mau grado quando a nódoa cai em bom pano.
O director
NOTA EDITORIAL
CONGRESSOS
A Federação do Folclore Português voltou a reunir em Congresso os representantes legais dos seus grupos membros. No espaço de dois meses o organismo chama a duas reuniões plenárias o movimento folclórico federado. Haverá porventura um esforço – quanto mais não seja administrativo – para que o trabalho aprovado dos grupos filiados se discipline e se corrija de incorrecções que maculam boa parte da representação folclórica. Os “gritos de Ipiranga” ressoam em cada Congresso, em simples encontros de folcloristas ou em intervenções públicas dos dirigentes. Os reparos ao desempenho de alguns grupos que ostentam o “selo de qualidade”, conferido pelos técnicos do organismo de Arcozelo, são frequentes e repetidos. Os ecos não se têm mostrado intensos e incisivos. Tão pouco terá sido perturbante para alguns dirigentes e responsáveis técnicos, que continuam a fazer valer a velha máxima “Faz o que eu digo, não faças o que eu faço”.
Decerto que no Congresso Nacional realizado há dois meses na Praia da Vitória (Ilha Terceira), foram reforçados os apelos à boa representatividade. E já antes, no Congresso Nacional de Jovens Folcloristas que decorreu em Novembro de 2009, em Guimarães, foram ratificadas por assembleia de mais de mil jovens folcloristas, normas e regras para o melhor desempenho de um sensato projecto de representação tradicional, como: reflectir sobre os desacertos etnográficos; sensibilidade para a triagem dos factos folclóricos; humildade em reconhecer os erros; autenticidade; não adulterar; postura adequada; respeito pela origem. Foram apenas algumas recomendações aprovados pela assembleia de jovens elementos activos de mais de uma centena de grupos de folclore. Porventura constituirão apenas uma página do extenso cardápio de preceitos exigidos pela mostra pública daquilo que são os factos folclóricos, e a que se propõem interpretar os grupos e ranchos de cariz tradicional.
As deliberações votadas em Congresso, e ratificadas por uma assembleia, têm espírito de Lei, e como tal devem ser tidas como regras a respeitar e a cumprir. A não ser assim, não servirá tanto esforço de quem organiza e de quantos participam.
O director
DESTAQUES
CONGRESSO NACIONAL EM AVEIRO REUNIU CENTENAS DE FOLCLORISTAS
Texto e fotos de Manuel João Barbosa

A Federação do Folclore Português reuniu em Congresso os representantes de uma parte dos seus grupos membros. Durante dois dias cerca de setecentos folcloristas estiveram em sessão plenária no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro para tratar e debater a actividade do universo do folclore nacional. A assembleia de folcloristas concluiu-se pela aclamação das recomendações, que foram aprovadas por unanimidade.

Uma firme determinação de acudir às dificuldades e obstáculos que se abatem sobre a actividade folclórica nacional, levou ao Centro Cultural e de Congressos de Aveiro cerca de setecentos folcloristas, representantes de grupos membros do folclore federado. Não constituindo o número que era esperado pela organização, assim mesmo poderá dizer-se que a quantidade de congressistas que esteve no magnífico Auditório do Centro de Congressos porventura significará a força movimento folclórico nacional, que fez caminhar até Aveiro também representantes do folclore luso sediado em França e na Suíça.
(Desenvolvimento na edição impressa)
MANUEL AZENHA - A FLAUTA ENCANTADA
Texto e fotos: Manuel João Barbosa

É um artífice de flautas e domina como poucos os acordes do rudimentar instrumento musical. “Aprendi quando aos oito anos guardava porcos”, confessa sem vergonha os difíceis tempos da sua meninice. Trilhando o caminho dos humildes, comeu o pão que o diabo amassou. Da escola mal ouviu falar, porque os dias eram de trabalho, da alvorada até “noite caída”. Na aspereza da vida, o menino “guardador de porcos” se fez homem. Sempre com uma mão cheia de nada. À sua existência ajuntou a música, que, afirma, “sempre foi a minha paixão”.

Ti’Azenha nasceu há 88 anos num lugarejo do interior norte do concelho de Santarém – Gançaria – então com pouco mais de uma centena de habitantes. A sua meninice foi de agruras, trazidas pela inclemência da vida de então. Mimos de criança nunca conheceu. Muito cedo iniciou os passos que só aos adultos estavam reservados. A ardósia, o caderno e o lápis foram substituídos por um pequeno pau, que o ajudava a conduzir pelas serranias das redondezas uma vara de porcos. Foram assim os dias de escola de um menino franzino, que muito antes do tempo se viu obrigado a crescer.
(Desenvolvimento na edição impressa)

NOTÍCIAS
- Federação do Folclore Português organiza a cerimónia do Óscar Mundial do Folclore em 2012
- Novo executivo toma posse no dia 9 de Janeiro. Federação elegeu novos corpos sociais para o triénio de 2011/2013
- Grupo Cancioneiro de Castelo Branco é o mais novo membro efectivo da Federação
- Rancho da Ribeira de Celavisa lançou CD
- Rancho Rosas do Lena prepara para Março uma semana cultural para comemorar o 48.º aniversário
- Rancho da Lapa (Cartaxo) está a organizar um Encontro de Instrumentos Tradicionais
- Museu de Arte Popular reabriu parcialmente
- Município de Gondomar apoia a actividade folclórica do concelho com 41 mil euros
- Espólio etnográfico ao ‘Deus dará’ em Alpiarça
- S. Torcato (Guimarães): Augusto Freitas foi homenageado e recebeu o Grande Colar Cultural Cruz de Malta
- Grupo Cancioneiro de Cantanhede reúne em jantar convívio
- Grupos comemoram o Natal à mesa
- Associação do Distrito de Lisboa promoveu sessão de formação para grupos associados
- Concurso de Etnografia promovido pela Fundação INATEL teve a final no Teatro Miguel Franco, em Leiria
- Santarém: Cantigas e tradições do Ribatejo no palco do Teatro Sá da Bandeira
- Etnográfico Danças e Cantares do Minho actuou em Malta

OPINIÃO
Representatividade etnográfica. Algumas reflexões e considerações (I). Por: Dr. Daniel Calado Café

SECÇÕES:
ESFINGE – História interminável, pelo Dr. Aurélio Lopes
TRADIÇÃO / INOVAÇÃO – Recolher nas fotografias, pelo Eng.º Manuel Farias

* PORQUE NÃO TE CALAS?

ALTERAÇÃO DE ENDEREÇO
Informamos que o endereço postal do Jornal Folclore passa a ser o seguinte:
Praceta Pedro Escuro, 5 – 2.º Dt.º - 2000-183 Santarém.
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

ALGUNS TITULOS DA EDIÇÃO DE JANEIRO

JORNAL FOLCLORE
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ALTERAÇÃO MORADA
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ALGUNS TÍTULOS DA EDIÇÃO

EDITORIAL
MODOS DE OLHAR A CULTURA
NOTA EDITORIAL
CONGRESSOS

DESTAQUES
- CONGRESSO NACIONAL EM AVEIRO REUNIU CENTENAS DE FOLCLORISTAS
- FEDERAÇÃO ELEGEU NOVOS CORPOS SOCIAIS PARA O TRIÉNIO DE 2011/2013
- MANUEL AZENHA. A FLAUTA ENCANTADA

NOTÍCIAS
- FEDERAÇÃO DO FOLCLORE PORTUGUÊS ORGANIZA A CERIMÓNIA DO ÓSCAR MUNDIAL DO FOLCLORE EM 2012
- MUSEU DE ARTE POPULAR MOSTRA-SE PARCIALMENTE. REABERTURA ANUNCIADA PARA MAIO
- GRUPO CANCIONEIRO DE CASTELO BRANCO É O MAIS NOVO MEMBRO EFECTIVO DA FEDERAÇÃO
- RANCHO DA RIBEIRA DE CELAVISA LANÇOU CD
- CANCIONEIRO DE CANTANHEDE EM JANTAR CONVÍVIO
- ASSOCIAÇÃO DO DISTRITO DE LISBOA PROMOVEU SESSÃO DE FORMAÇÃO PARA GRUPOS ASSOCIADOS
- CONCURSO DE ETNOGRAFIA PROMOVIDO PELA FUNDAÇÃO INATEL TEVE A FINAL NO TEATRO MIGUEL FRANCO, EM LEIRIA
- SANTARÉM. CANTIGAS E TRADIÇÕES DO RIBATEJO NO PALCO DO TEATRO SÁ DA BANDEIRA
- S. TORCATO (GUIMARÃES). AUGUSTO FREITAS FOI HOMENAGEADO E RECEBEU O GRANDE COLAR CULTURAL CRUZ DE MALTA

SECÇÕES:
ESFINGE – , pelo Dr. Aurélio Lopes
TRADIÇÃO / INOVAÇÃO – , pelo Eng.º Manuel Farias
* PORQUE NÃO TE CALAS?
FESTIVAISFestivais a realizar no mês de Janeiro

Alteração morada
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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

CAPA DA EDIÇÃO DE DEZEMBRO


RESUMO DA EDIÇÃO DE DEZEMBRO

JORNAL FOLCLORE
Praceta Pedro Escuro, 5 – 2.º Dt.º
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N.º 178 (DEZEMBRO 2010)

TÍTULOS DA EDIÇÃO

EDITORIAL

OSSOS PARTIDOS...

Começa a ser vulgar e corriqueiro nas actuações de muitos grupos folclóricos a cópia- imitação-réplica-reprodução das banalizadas “zaragatas de baile”, que muitas vezes aparecem completamente descontextualizadas da representação e sem uma prévia explicação das causas que levavam a uma altercação nos bailaricos de outrora, eventual e não sistemática como se quer fazer crer. E a figuração, quase sempre desenrolada sem uma antecipada preparação dos protagonistas – como uma dança, é necessário ensaiar (preparar) os figurantes para a encenação – atinge, nalguns casos, foros de uma sinistra forma de descrever a situação que “era violenta”, segundo os protagonistas de agora. E afirmam: “Havia até ossos fracturados e cabeças partidas!”. Por dizer fica – se porventura não foi já dito – que algum brigão tivesse ficado desmembrado...
Embora ajustada a uma realidade social entre as camadas populares de outros tempos, a encenação da ocorrência deve ser contextualizada na representação do grupo e, repetimos, previamente bem encenada, para que a actuação não caia no ridículo, como algumas vezes acontece, levando o público mais desprevenido a acreditar numa verdadeira contenda entre os elementos em desempenho.
O director
NOTA EDITORIAL

A AGONIA
Com apoios escassos, ou mesmo nulos, por parte de quem de direito – as autarquias – os grupos folclóricos respiram sem o oxigénio necessário à sua sobrevivência. De mãos na cabeça, grande parte dos timoneiros temem que o seu barco se afunde irremediavelmente a breve prazo. Só uma imensa carolice permite o “remar” à procura de um porto de salvação. Na completa ausência de fundos, cabe a cada carola persistente suportar do seu bolso a compra do seu traje se quer aprazar-se no rodopio das modas do seu folclore, ou simplesmente representar as tradições e costumes dos seus antecessores, como forma de preservar modos da cultura popular de antanho.
Em nome da crise, as associações foram informadas do corte total, ou parcial, dos subsídios. Uma medida que talvez fosse compreensível não fora o esbanjamento de dinheiros que se verifica noutras áreas, muitas vezes em troca de nada. Já anteriormente o apoio com a cedência de transportes para as viagens pelo País dos grupos folclóricos, foi substancialmente reduzido – uma vez mais dentro de uma óptica economicista – o que obriga a que os grupos tenham de suportar o pagamento das facturas dos alugueres dos autocarros por forma a poderem satisfazer compromissos assumidos.
“Fechar a porta” é expressão já muito ouvida. Os bolsos dos dirigentes e demais cooperantes que regularmente financiam os grupos que integram já estão vazios. A carolice tem limites. Sabe-se que a tudo isto os organismos oficiais, e justamente o poder local, mantêm indiferença e insensibilidade, mesmo quando vêem cair no poço um prestigiado embaixador cultural, que por cantos e recantos do País, e muitas vezes além fronteiras, honram e dignificam a sua terra e exaltam e promovem a própria região.
É público o fracasso da política cultural do País, com a fonte do poder central a jorrar indiferença para as esferas do poder local. Parece que a teoria usada pelos responsáveis do anterior regime – “um povo culto é ingovernável”, diziam – quer hoje prevalecer com níveis iguais aos padrões de outros tempos.
O director

DESTAQUES

- FIGURAÇÃO DA ARISTOCRACIA PODE SOAR A FALSO FOLCLORE. A representação da nobreza nas representações etnográficas

Manuel João Barbosa
Uma análise cuidada às raízes populares pode dizer-nos que não será de todo correcta a representação figurada da nossa aristocracia, ou da nobreza, nas mostras folclóricas, como alguns grupos complementam o seu trabalho de retratação etnográfica. Uma divisão social de outros tempos, tão acautelada pela alta sociedade, primava pelo seu afastamento do povo. Seriam muito poucas as alturas que a laia abastada se permitiria intervir nas manifestações populares. A distinção evidenciava-se pela superioridade e divisão de classes, quase sempre extremada por um certo elitismo, isto é, por uma cultura de elites. Se assim é, teremos como incoerente na representação folclórica a exibição de figurinos ligados às classes superiores pelos grupos de folclore.
Só será folclore aquilo que foi usual entre uma comunidade popular – o povo na sua simplicidade de vestir e de viver – num determinado tempo. Esta definição do facto folclórico valerá com espírito de Lei sempre que se quiser representar os variados aspectos das vivências tradicionais, isto é, aquilo que se considera como “folclore”. O folclore não pode ser uma coisa imaginada e muito menos inventada.(Desenvolvimento na edição impressa)

- TOMAR É UMA EXCEPÇÃO À REGRA? Câmara de Tomar assina protocolo de cooperação com o Núcleo Técnico Regional da Federação

Manuel João Barbosa
A Câmara Municipal de Tomar acaba de assinar um protocolo de cooperação com o Núcleo Técnico Regional para a Zona dos Templários. O objectivo passa, entre outros deveres e obrigações, por uma melhor representatividade dos grupos inseridos na área do concelho de Tomar, com acções pedagógicas e de aconselhamento para o melhor desempenho da representação etnográfica e folclórica dos ranchos, em particular do concelho de Tomar.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- AS LÉGUAS DO FOLCLORE. Componente do Grupo Etnográfico de Danças e Cantares do Minho, de Lisboa, vive em Pedras Salgadas

Texto e fotos: Manuel João Barbosa
A Lisete Serrano é uma jovem bailadora do Grupo Etnográfico de Danças e Cantares do Minho, sedeado na Freguesia de Benfica, em Lisboa. Fá-lo desde os vinte anos. Vão 17 anos de uma completa assiduidade a uma intensa actividade do grupo. O facto não mereceria o destaque da notícia não fora a particularidade da folclorista viver e trabalhar a 446 quilómetros de Lisboa. Com efeito, a dedicada componente vive em Pedras Salgadas, no concelho de Vila Pouca de Aguiar e trabalha em Cerva, no concelho de Ribeira de Pena. Bem no Norte do País (Trás-os-Montes). Mas as centenas de quilómetros não a intimida a meter-se à estrada sempre que o grupo da sua predilecção tem uma actuação. Aos quilómetros da ida somam-se outros tantos da volta. A folclorista “peregrina” nada menos que 900 km para envergar o traje, rodopiar os Viras e marcar os Malhões do folclore do “seu” Minho. Muitas dezenas de vezes por ano. Sem ausências. Por paixão ao folclore.
Nascida em Lisboa há 37 anos, estudou e formou-se em Gestão, com Pós-Graduação em Gestão de Organizações Sem Fins Lucrativos. Contudo, a profissão exigiu-lhe que se radicasse em Cerva, no concelho de Ribeira de Pena, a mais de quatrocentos quilómetros da capital, exercendo funções nos Serviços Sociais da Santa Casa da Misericórdia de Cerva.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Associação de Coimbra promoveu Jornadas de etnografia e folclore

Manuel João Barbosa
A AFERM-Associação de Etnografia e Folclore da Região do Mondego, com sede em Coimbra, levou a cabo mais uma edição das Jornadas de Etnografia e Folclore, uma iniciativa que vem promovendo desde há dezasseis anos, e que visa sensibilizar e ajudar os seus grupos associados para uma maior e mais criteriosa representatividade. Personalidades da cultura popular tradicional continuam a oferecer preciosas indicações sobre a matéria em causa, como deixam sensatas advertências sobre a sua representação pública.
A Casa Municipal da Cultura, em Coimbra, recebeu nos dias 6 e 7 de Novembro os participantes da XVI edição das Jornadas de Etnografia e Folclore que a AFERM-Associação de Etnografia e Folclore da Região do Mondego, e que levou a efeito pelo décimo sexto ano consecutivo. A iniciativa procura oferecer ajuda aos grupos da vasta região do Mondego, filiados na AFERM, no sentido de valorizarem quanto possível a sua representatividade, consequência de uma cada vez maior exigência do público que assiste aos espectáculos participados pelos grupos de cariz tradicional – os grupos de folclore.
(Desenvolvimento na edição impressa)

NOTÍCIAS
- Editada a Filmografia completa de Michel Giacometti - Grupo da Região do Vouga reúne à mesa componentes e amigos
- Grupo Folclórico das Lavradeiras da Meadela esteve na Suíça
- Mau tempo prejudicou encerramento das Bodas de Ouro do Rancho da Correlhã
- Grupo Folclórico de Castelo do Neiva na Eslovénia
- Centenas de lendas de almas penadas, bruxas, lobisomens… Museu do Douro apresenta espólio do Património Imaterial
- Passeio e almoço de convívio assinalaram aniversário do Etnográfico de Alfarelos
- Rancho “Os Camponeses” de Arraiolos comemora as Bodas de Prata
- Grupo Folclórico da Relva actuou no Parlamento Europeu
- Tarde de folclore em Bidoeira de Cima assinalou aniversário do Rancho “As Tecedeiras”
- Noite de Folclore em Fráguas, Rio Maior
- Festa da Adiafa em Benfica do Ribatejo
- Santarém: ‘Modinhas de Antigamente’ reviveram-se nas Fontainhas
- Rancho de Godim, Régua, comemorou 31º aniversário
- Rancho da Ribeira de Santarém promove o canto tradicional do Ribatejo
- Associação de Etnografia e do Folclore do Ribatejo reuniu em Assembleia Geral constituinte
- Arrimal (Porto de Mós): Rancho Luz dos Candeeiros encerra época com jantar de convívio
- Novas tradições populares classificadas como Património Imaterial da Humanidade. Espanha viu aprovado o Flamenco
- Rancho Típico da Amorosa iniciou comemorações dos seus 75 anos
- Costumes vinhateiros na Festa do Vinho e das Vindimas em Bucelas
- Rancho Regional de Fafel em Itália
- Lançado o Cancioneiro da Região de Leiria

OPINIÃO:

- Fado e fados, por Carlos Rego

SECÇÕES:
- ESFINGE – A mulher de César , pelo Dr. Aurélio Lopes
- TRADIÇÃO / INOVAÇÃO – O andamento do diabo, pelo Eng.º Manuel Farias
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