sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Edição de Novembro - Resumo

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RESUMO DA
EDIÇÃO N.º 165 (NOVEMBRO 2009)

EDITORIAL

ARTESANATO: ÁREAS DE EXPOSIÇÃO A 250 CONTOS!
Queixavam-se alguns expositores de artesanato que, numa determinada Feira, o aluguer da sua pequena área de exposição e venda dos produtos da sua arte, lhes custava nada menos que 1250 euros! O entrevistado reforçou o exagero da importância: “Cobram-nos 250 contos por este cantinho!”. Não adiantou os dias de que dispõem para a utilização do espaço. Mas sempre convenhamos que para apurar tão gorda quantia será preciso “mercadejar” uma quantidade industrial de mercadoria. E duvida-se que a maioria dos artesãos consigam, no final da Feira, fazer entrar na caixa tantos euros. Sorte terão se ainda em cima do pesado fardo do aluguer do espaço o fisco não lhe bater à porta…
Numa altura em que se procura promover o fabrico e comercialização do artesanato como modo de fazer face à arreliadora crise, há sempre quem se aproveite dos desprevenidos artífices para lucrar à grande.
Vem a “talhe-de-foice” a história daquele humilde comerciante de aldeia que tinha fama de vender os produtos da sua loja a preços muito inflacionados. O povo logo o alcunhou de “tira peles”. Mas ao que parece, as empresas promotoras das Feiras de Artesanato não só tiram a pele, como devoraram a carne e ainda raspam no osso…
Manuel João Barbosa

NOTA EDITORIAL

“Sou professora e fui colocada numa escola onde a temática “As Danças Folclóricas ou Populares” será por mim trabalhada numa turma de profissional. Uma vez que não tenho um profundo conhecimento do tema, tenho pesquisado um pouco sobre o mesmo mas não encontrei ainda conteúdos substanciais e concretos. Assim, e uma vez que me parece que detêm conhecimentos sobre as danças em questão, vinha desta forma perguntar se me poderiam ajudar a aceder a alguma informação, nomeadamente sites onde possa pesquisar, ou mesmo livros ou outros documentos para que os possa posteriormente trabalhar com os alunos”.
O texto em cima chegou-nos via e-mail e deixou-nos perplexos. Como pode um docente entregar-se a uma turma leccionando uma disciplina sobre a qual não tem conhecimentos? Pensamos que tudo isto só pode resultar dentro de um tão contestado programa de ensino, atirando para a fogueira incautos professores que não têm sequer autoridade para recusar leccionar um tema que não estudaram, pesquisaram ou praticaram. Mas a isso se sujeitam por obrigação. Serão muitos os professores que integram – ou integraram na sua adolescência e juventude – bons projectos de representação folclórica e que poderiam, de forma acertada, oferecer aulas práticas do reportório que desempenharam enquanto participantes activos do seu grupo ou rancho. Porventura muitos deles até estarão no desemprego. Mas prefere-se simplificar, entregando disciplinas estranhas e obscuras a profissionais colocados sem prática nem experiência, incorrendo na asneira.
Com a noção de uma indesejada mas necessária frontalidade, respondemos ao apelo da respeitosa docente: “Para tratar as coisas do folclore é preciso uma formação aturada e sobretudo ter-se muita sensibilidade para lidar com os factos folclóricos, nomeadamente a dança tradicional. Se não tiver quaisquer conhecimentos ou prática de danças populares tradicionais (folclóricas) correrá o risco de ir vender gato por lebre. Melhor será não leccionar o tema. Desculpe a frontalidade e sinceridade, mas teremos de a alertar para os erros que eventualmente possam nascer de uma errada informação sobre uma temática que deve ser tratada com base em estudos etnográficos. Note que nem tudo o que é popular é folclore. Há que ter em conta esse princípio. Parece-nos que o tema que vai leccionar está a misturar um pouco as duas coisas. E elas são distintas”.
Confiamos que o bom senso prevaleça. Muito em especial dentro do Ministério da Educação.
O director
DESTAQUES

- Decreto-lei estabelece o regime jurídico para salvaguarda do Património Cultural Imaterial

Manuel João Barbosa

O Ministério da Cultura finalmente estabeleceu com força de Lei a salvaguarda do património cultural imaterial. Pretende-se preservar as tradições e expressões orais, incluindo a língua como vector do património cultural imaterial; as expressões artísticas e manifestações de carácter performativo; as práticas sociais, rituais e eventos festivos; os conhecimentos e práticas relacionados com a natureza e o universo e as competências no âmbito de processos e técnicas tradicionais. Na prática determina-se a salvaguarda dos aspectos tradicionais relevantes dentro da cultura popular, tidos como Património Cultural Imaterial, que estão em vias de desaparecer. Para o efeito foi aprovado em Conselho de Ministros de 19 de Março último, e já publicado em Diário da República, um decreto-lei que estabelece o regime jurídico que compreende as medidas de salvaguarda, procedimento de inventariação e a criação de uma Comissão para o Património Cultural Imaterial.

O Governo, através do Ministério da Cultura, acaba de criar mecanismos, com força de Lei, para a salvaguarda Património Cultural Imaterial. A medida está protegida por lei, consagrando a “valorização do património cultural popular”, nomeadamente as tradições e expressões orais”, como as “práticas sociais, rituais e eventos festivos”. O decreto-lei foi publicado no Diário da República, 1.ª série (N.º 113), de 15 de Junho de 2009.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Associação de Folclore e Etnografia da Região Autónoma da Madeira - Investigar e preservar para memória futura

Manuel João Barbosa

Com a finalidade primária de fomentar a qualidade do folclore e da etnografia da Ilha da Madeira, foi constituída em 2005 a Associação de Folclore e Etnografia da Região Autónoma da Madeira. Mas outro objectivo prioritário prende-se com a necessidade premente de recolher e preservar tradições e costumes que estão a cair na voragem do tempo. Defender o património imaterial da Região é um esforço que cabe colectivamente aos promotores da cultura popular e tradicional madeirense. Grupos de folclore e os próprios organismos governamentais acordaram na criação de uma associação pública que superintendesse na preservação, registo e organização dos valores culturais afectos à actividade folclórica na Madeira. Dezena e meia de grupos já aderiram à Associação, num universo de pouco mais de vinte e cinco.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Folclore à mesa - Outros modelos para os Festivais de folclore foram tema de debate

Manuel João Barbosa

Um grupo de folcloristas da região do Ribatejo, e simpatizantes apegados de forma rotineira às questões do folclore – representação/espectáculo – reuniram-se em mais um dos habituais almoços, onde a sobremesa é reservada aos saberes da temática – o folclore. O encontro mais recente ocorreu num dia soalheiro de pré-Outono, em aposentos hospitaleiros de um pacato lugarejo do concelho de Santarém. O tema andou à volta de outros modelos de representação que tornem os Festivais de Folclore mais apelativos. O útil junta-se ao agradável.

Dezena e meia de folcloristas participaram em finais de Setembro em mais um almoço, degustado em aprazível espaço. A finalidade é, como sobremesa, debater a problemática da representação, como forma de encontrar algumas achegas que sirvam para uma maior e melhor aceitação do espectáculo de folclore.
Como sempre, ao menu do repasto foi adicionado um “prato” de folclore.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- PENACOVA: Rancho Folclórico e Etnográfico de Zagalho e Vale do Conde (Reportagem)

Manuel João Barbosa

Pouco mais de quatro dezenas de criaturas dão alma e vida a dois recônditos lugarejos que se instalam numa zona serrana do interior do concelho de Penacova – Zagalho e Vale do Conde; a localidade de Zagalho tem 6 fogos habitados e Vale do Conde 13. Outras moradias abandonadas dão nota de uma preocupante desertificação. As duas localidades-berço que acolhem o Rancho Folclórico nosso anfitrião do trabalho de hoje, pertencem à Freguesia de Friúmes, que arrola nos seus oito lugares, dispersos numa área de pouco mais de 14 km2, cerca de 600 habitantes.
(Desenvolvimento na edição impressa)

- Costumes revividos num serão em Santana do Mato, Coruche - O outro folclore – tempos de um outro tempo

Manuel João Barbosa

A iniciativa, por distinta, já se tornou carismática e uma vez mais conseguiu em pleno os objectivos: fazer reviver hábitos e costumes que outrora eram usuais nas aldeias e que marcaram a vida das gentes, que o tempo há muito apagou. A ideia é do Rancho Folclórico “Os Camponeses de Santana do Mato”, do concelho de Coruche, e os elogios que sempre recebe contribuem para o repetido êxito de cada edição. Foi o que aconteceu uma vez mais no dia 3 de Outubro, com a realização de mais uma edição do seu Serão de Tradições, que leva ao palco da colectividade local curiosos retalhos da vida das gentes de diversificadas aldeias do País, e que o tempo fez tradição.
(Desenvolvimento na edição impressa)

Lisboa
Folclore levou festa à Praça da Figueira numa solarenga tarde de Outono
Manuel João Barbosa

Não só a Praça da Figueira como boa parte da Baixa lisboeta, por onde passaram em desfile os grupos de folclore que, representando várias regiões etnográficas do País, levaram à capital o seu folclore e os vários aspectos da sua etnografia. Artérias notáveis da cidade – Chiado, Garrett e Carmo – foram por momentos palco de festa popular, que culminou na emblemática Praça da Figueira. A curiosidade era geral pela desusada parada musical e pelos interessantes e admiráveis trajes populares, originários do Portugal profundo.
(Desenvolvimento na edição impressa)

NOTÍCIAS

- Acidente com Orfeão de Águeda lembrou tragédia com Grupo da Região do Vouga em França
- Rancho de Fradelos comemorou 52.º aniversário
- Acção de Formação em Sobral de Monte Agraço
- Encontro de Tradições “Manuel Francisco” em Sobral de Monte Agraço
- Fundação INATEL está a promover mais um Concurso de Etnografia
- Feliciano Carlos de Oliveira (S. Torcato, Guimarães)
- Camacha: Maria Ascensão vai ser homenageada com um busto na Largo da Achada
- Grupo “As Tricanas” do Luso recebe Prémio de Empreendedorismo
- Tarde de folclore ribatejano nas Fontainhas
- Aí estão as desfolhadas e a festa
- Lisboa: Folclore leva festa à Praça da Figueira numa solarenga tarde de Outono
- Concertinas voltaram a encher de música a Barrenta
- Régua: Festival de Folclore das Vindimas em Godim enalteceu tradições

OPINIÃO

- Da Fundação para a Federação - Carlos Rego (Vila Nova de Famalicão)
- Site da Federação: um duradouro e persistente vazio (MJB)

SECÇÕES
ESFINGE - Interdições e receios, pelo Dr . Aurélio Lopes
Tradição / Inovação - A avaliação, pelo Eng.º Manuel Farias


* PORQUE NÃO TE CALAS?

* FOI NOTÍCIA… HÁ 13 ANOS

* Cartas ao director
Estandartes

FESTIVAIS

Festivais com realização no mês de Novembro

A S S I N E
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